domingo, 21 de agosto de 2011

Minha vida, meus desejos e minha visão do mundo mudaram muito

   As coisas nas quais acreditei um dia, hoje são irrelevantes. 
Não crio mais expectativas em relação a nada e nem a ninguém pois agora vivo independente das decisões dos outros. Não espero mais, tomo atitude se achar que devo. Não tenho medo do "não" e o "sim" é conseqüência! Só luto se valer a pena e quando desisto é porque não tem mais razão nem motivo pra continuar. O que vivi as pessoas que conheci o que fiz ou deixei de fazer completam minha história, mas não determinam minha felicidade! Os sonhos que carrego comigo serão compartilhados com aqueles que merecem vivenciá-los ao meu lado. E para isso, preciso estar perto de quem realmente se importa comigo. E quem não se importa, eu sinto muito. 
Fico pasma com a fugacidade que as pessoas deram ao amor. 
É impressionante como que com poucas semanas de relacionamento, os amantes já se declaram apaixonados, fazem juras de amor eterno, declarações pra quem quiser ver e ouvir.
 Ainda mais nos meios digitais, flogs e orkuts. Efêmeros “eu te amo”… Tudo bem que quando se tem 15, 16, 17 anos, você realmente acha que é completamente apaixonada por aquele garoto e que nunca, jamais, em hipótese nenhuma vai deixar de ser. 
Mas quando você ultrapassa um longo tempo, as coisas mudam de perspectiva. Falar “eu te amo” toma uma dimensão muito maior. Quando você diz que ama alguém, quer dizer que admira absolutamente tudo naquela pessoa. Você ama as qualidades positivas, mas, principalmente, conhece as negativas e mesmo assim continua apaixonado. Sabe aquelas coisinhas irritantes em qualquer pessoa do mundo? Pois é, na pessoa amada elas são coisinhas irritantemente lindas. Amar não é ser cego, mas é saber que ninguém é perfeito pra ninguém, que todo mundo é passível de erros, e que mesmo amando de verdade alguém você não está livre de magoá-lo. E acho que no fundo, tudo se baseia nisso: magoar e ser perdoado. Porque perdoar alguém que te machucou de verdade, ah, isso sim é amor, eu não acredito no amor à primeira vista. Paixão sim, mas amor é muito maior. Amor não aparece do nada, e nem vai embora do nada. Amor é aquele estágio pós-paixão, quando você começa a conhecer todos os defeitos da pessoa e mesmo assim quer continuar junto. É quando você começa a pensar no plural, o singular não existe mais. É quando você para de sonhar e começa a realizar. Amor se conquista. Amor se aprende, é um exercício constante. Porque dizer que ama é fácil; difícil mesmo é provar. E eu não falo de declarações explícitas, presentes caros e beijos apaixonados.
   Tudo isso tem de ser consequência. Amar é cuidar quando a pessoa fica doente, assistir aquele filme chato com cara de feliz, é trazer aquele doce gostoso na tpm, é olhar nos olhos e já saber o que a outra pessoa está sentindo, é sorrir só de vê-lo sorrindo, é abraçar e dar o ombro pra chorar sem perguntar absolutamente nada, é brigar feio e mesmo assim ainda querer ficar com o mesmo, é se sentir preenchido... Amor de verdade não desaparece!



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